Mudar é sempre um processo... A vida cabe em caixas e termina em uma caixa, grande ou pequena. dentro das caixas mistérios e surpresas. Uma delas foi este texto escrito a muito, muito, muito tempo atrás:
"Gabriel pensa que é grande, e já fala em carro, computador e videogame. Seu mais novo brinquedo, um tanto frágil, que exige muitos cuidados, é Daniel, irmão recém nascido. Gabriel passou nove meses conversando e esperando pelo seu neném e agora, que já viu o que é um neném, parece tomado por um misto de amor e ódio.
Cabelos loiros, olhar vivo e esperto, com perguntas lógicas e um raciocínio de confundir qualquer um, Gabriel, na plenitude de seus três anos e dez meses é só vibração quando fala do irmão:"Dá ele para mim" diz colocando os braços em posição para receber o pequeno no colo.
"Hoje eu dei banho no Daniel, junto com a mamãe", diz na entrada para quem chega, todo orgulhoso de estar sendo útil.
Mas não é só o irmão que ocupa o tempo de Gabriel, ainda dá para assistir e depois brincar de Power Rangers, ele é o de cor verde, o pai é o monstro da Rita, outras vezes ele prefere jogar bola ou brincar com os cachorros.
Quando decide ficar sério e pensar no futuro ele consegue ser bem objetivo: "Eu vou crescer, trabalhar em São Paulo, depois em São José e vou casar com a Laura e ter um filho chamado Gabriel, que é um nome muito bonito".
Laura é uma prima que mora próxima a casa da avó, com quem costuma brincar. Gabriel já cansa os pais com suas brincadeiras e energia inesgotáveis e promete ser um grande companheiro para seu irmão, que já recebe muitas manifestações de carinho, como beijos e abraços, além de outros cuidados."
O tempo passa, mas estas lindas lembranças ficam guardadas numa caixa que entre uma mudança e outra. e Gabriel hoje é muito mais velho e mais alto, mas o menino transformado em rapaz ainda é a promessa feliz de um grande homem.
Quem sou eu
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Eu acho que já li esse texto, mas mesmo assim não me recordava de várias coisas que estão escritas neles, pelo menos as mais importantes eu bem lembrava, mas vale recordar os tempos de infância, antes que os de meninisse terminem e a coroa da maioridade me seja oferecida sem que eu me lembre de como foi bom ser criança.
ResponderExcluirPelo visto meu sonho de ir a São Paulo não está distante. Apesar de todos vocês irem para longe quando isso acontecer.
Ainda bem que inventaram os aviões.
Beijo pai.
Isso me lembra um texto que meu pai escreveu quando eu nasci.
ResponderExcluirrs.
Só pessoas como eu e vc pra guardar essas coisas.
Por isso adoro mudar.
Encontro cada raridade.
Saudade dos meus papéis.
Gabriel é o baixista, né? Ui.
Bonito isso. Deve ser estranho e ao mesmo tempo prazeroso ver os filhos crescendo, mudando, se transformando. Sedentos por criar asas. Por adquirirem sua liberdade. Traçando seus próprios rumos. Enquanto isso uma infinidade de lembranças enchem a tua caixa craniana. É bom poder olhar para trás e lembrar com carinho do tempo que se passou, curtir o momento presente e sonhar com as possibilidades de futuro.
ResponderExcluirééé...Gabriel..aiai
ResponderExcluirSim, voltemos ao texto... Adorei ...tbm guardo coisas, vira e mexe encontro alguma coisa q me faz chorar, rir, que me traz momentos felizes ou que me magoa de verdade...Deve ser esquisito ver os filhos crescerem. E mais ainda ver alunas taradas comentando sobre eles..rsrs
beijo Marcelo, adoro seus posts
EU, definitivamente, ODEIO mudança. Nada pessoal, mas acho que é o trauma de ter me mudado 6 vezes desde que entrei para a UESC. Até porque, ao invés de "ganhar" coisas como esse texto, eu acabo é perdendo tudo. E ainda tenho que ficar comprando utensílios domésticos em lojas de 1,99. Um saco! Mas td bem! Sinto não estar presente para ajudar na mudança.
ResponderExcluirE diga ao Gabriel que eu era a Power Ranger amarela!!!
[vergonha mode on]
beijos querido!
Oi amor
ResponderExcluirMe lembro deste relato, você achou entre as caixas da mudança (literalmente) e tocou a caixa da lembrança, que saudade que dá, do nosso menininho loirinho, hoje e sempre cheio de sonhos, cuidando do irmão com sua voz de trovão quando o Dan faz das suas, aff que braveza.
Lendo o relato me lembrei do dia que deixei o Daniel dormindo no carrinho de bebê e quando fui dar uma olhadinha nele cadê o Daniel, fiquei quase louca, aí o Gabriel todo contente, aquele tiquinho de gente de quatro anos mostrou que havia pego o irmão e colocado no bercinho, deu desespero,mas nem consegui ficar brava e o Dan tranquilo dormindo em seu berço.